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sábado, 7 de maio de 2011
Semana Santa e p Judas no Clube da Bengala 2011
Judas Iscariotes no Clube da Bengala
Semana Santa
Iolanda, Eliete, Cristina Moura, Beatriz, Pinheiro
Essa mundiça nojenta
Não tem mesmo o que fazer
Tanto comem como bebem
E não querem adoecer
Entenderam ter um Judas
Pra nessa noite queimar
Fizeram uma vaquinha
Pra puder me conquistar
Meu dono não me quis mais
Eu sou um Judas vendido
Dizem até que fui roubado
Fiquei demais ofendido
Eu não sei de onde venho
E nem para onde eu vou
Só sei que desta mundiça
Eu quero muito louvor.
Tô aqui com a mundiça
Pra meu testamento fazer
Prestem muita atenção
Cuidem do que receber
Pra Ana Célia eu vou deixar
Do casamento a certidão
Vai com todas as mazelas
Não deixo de coração
Tenho um emprego ruim
Difícil de me mudar
Para Lélia minha amiga
Deixo as férias pra tirar
Para Ivan vou deixar
Numa gaiola um bem-te-vi
E para o Dr. Pinheiro
Escapelo e bisturi
Os meus olhos são de vidro
É mesmo uma tentação
Pra Juli e Carmelita
Deixo-os sem prescrição
Minha sacola vazia
Minha bolsa sem dinheiro
Deixo com todas as dívidas
Para Lúcio, o garapeiro
Morro e não levo saudades
Deixo todas com Ivanira,
E a barrica de cerveja
Deixo para Luzanira.
Monitoras e orientadoras
Nem sei bem o que é que é
Deixo todas para Hélia
Fazer o que bem quiser
Aos membros do comitê
Deixo o rio pra cuidar
Cuidado com o legislativo
E o prefeito João Dilmar
Iolanda diplomata
Que gosta de discursar
Deixo o meu microfone
Pra ela se apresentar.
Para Célia aposentada
Que tem pouco pra falar
Deixo o meu banheiro sujo
Pra todo dia lavar
Eliete viúva animada
Mas ninguém tem do que falar
Deixo o meu compadre Antônio
Para com ele se casar.
Pra Ana Laura a rainha
Bonita, boa e graciosa
Deixo calças apertadas
Pra mostrar que é gostosa.
Renato você precisa
Da lei pra me defender
Sou Judas, mas sou honesto
Eu quero livre viver
Para Chico de Toinho
Meus sapatos sem chulé
Pra ele cuidar do sítio
Matar cobra e caboré
Pra Adriana risonha
Que gosta de trabalhar
Deixo uma cueca velha
Para os pratos enxugar
Para Cristina Moura
Deixo um novo cinturão
Pra quando andar sozinha
Dá uma pisa no ladrão
Para Dona Beatriz
Um presente vou deixar
Não serve para ouvir,
Mas serve pra enxergar
As mundiças solteironas
Dizem não querer casar
Todas elas estão mentindo
Não conseguiram arranjar
Acabem com essa moleza
Este é o meu recado
Vão pra porta da igreja
Arranjar um namorado.
Um baralho já usado
Sem as pintas e sem beira
Deixo para Luzanira
Jogar com o Pitombeira.
Para o doutor Lúcio Ney
E pro amigo Pinheiro
Deixo com muita avareza
Aquele maldito dinheiro.
Fernando para você
Tenho muito que deixar
Fica um sítio de cardeiro
Pra dele você cuidar
Pra terminar meu testamento
E antes do fogo arder
Deixo pra toda vizinhança
Churrasco e pinga a valer
Agora eu vou embora
Pois chegou a minha vez
Até logo para todos
E para o ano outra vez
A vocês de Mossoró
Cuidem bem dos meus pertences
Levem saudades do Judas
E um abraço limoeirense
Desta herança tão falada
Só nos ficou uma banda
A outra está guardada
Na bolsa de Iolanda.
( Padre Pitombeira)
Nessa noite memorável quando os bens de Judas Iscariotes estão sendo distribuídos com vocês do Clube da Bengala lembrei – me dos versos do celebrado poeta padre Antônio Tomas, acerca da festa da malhação do Judas:
“À sombra da folhagem verde e escura
De um galho preso em mastro levantado
Um Judas pelo vento balançado
Da forca pende, em cômica compostura.
E um bando em frente a exótica figura
Olha e, ao vê-lo em semelhante estado
E o vozeio do povo acelerado
Um bimbalhar dos sinos se mistura.
Eu fico um tanto a meditar e penso
Ante o festivo e insólito alvoroço
Que é falta de critério e de bom senso.
Uma tolice arrematada, enfim,
Tantos Judas havendo em carne e osso
Levar-se à forca um Judas de Capim.”
JUDAS ISCARIOTES EM BRASÍLIA
SOU JUDAS ISCARIOTES
VINDO DE OUTRA NAÇÃO
VIM PARAR NESTE PAÍS
BERÇO DE CORRUPÇÃO
DE PICARETA SAFADO
DE CABRA DESMATELADO
E DE POLÍTICO LADRÃO
SOU FILHO DE SENADOR
PRA DEPUTADO BABAR
ESTAS DUAS CLASSES JUNTAS
NELES NÃO DOU UM JUÁ
ESTES HONESTOS SENHORES
NÃO VALEM OS SACOS ESCROTORES
DA TURMA DE BEIRA MAR
SOU EXCOMUNHÃO DE BISPO
SOU AIDS DE MERETRIZ
SOU DOR BUCAL ATINGIDO
DO DENTE ATÉ A RAIZ
SOU FERA, SOU LOBISOMEM
MAS SOU MELHOR QUE OS HOMENS
QUE GOVERNAM ESTE PAÍS
TENHO UM SONHO PRA BRASÍLIA
É MESMO ESPETACULAR
EM UMA PENITENCIÁRIA
O CONGRESSO TRANSFORMAR
POUPAR DESTE PARLAMENTO
TALVEZ HONESTO UM PORCENTO
O RESTO MANDAR TRANCAR
VOU DIVIDIR O QUE TENHO
E O QUÊ PRETENDO TER
VENDI CRISTO E O DINHEIRO
FICARÁ PARA O PT
QUE TEM POR OBRIGAÇÃO
REPASSAR PRO MUNDO CÃO
MAL DO PMDB
ADEUS PRA QUEM ACREDITA
QUE O BRASIL VAI DAR CERTO
ADEUS VOCÊ ELEITOR
POBRE, CEGO E ANALFABETO
COM SEU VOTO COMPRADO
O BRASIL VELHO É ROUBADO
DESDE QUE FOI DESCOBERTO
TERMINEI MEU TESTAMENTO
AQUI CONVOCO O POVÃO
VAMOS FECHAR O CONGRESSO
CHEGA DE TANTO LADRÃO
O POVO PRECISA IR PRA RUAS
PARA PARAR COM AS FAUCATRUAS
DE QUEM ARRASA A NAÇÃO
Semana Santa
Iolanda, Eliete, Cristina Moura, Beatriz, Pinheiro
Essa mundiça nojenta
Não tem mesmo o que fazer
Tanto comem como bebem
E não querem adoecer
Entenderam ter um Judas
Pra nessa noite queimar
Fizeram uma vaquinha
Pra puder me conquistar
Meu dono não me quis mais
Eu sou um Judas vendido
Dizem até que fui roubado
Fiquei demais ofendido
Eu não sei de onde venho
E nem para onde eu vou
Só sei que desta mundiça
Eu quero muito louvor.
Tô aqui com a mundiça
Pra meu testamento fazer
Prestem muita atenção
Cuidem do que receber
Pra Ana Célia eu vou deixar
Do casamento a certidão
Vai com todas as mazelas
Não deixo de coração
Tenho um emprego ruim
Difícil de me mudar
Para Lélia minha amiga
Deixo as férias pra tirar
Para Ivan vou deixar
Numa gaiola um bem-te-vi
E para o Dr. Pinheiro
Escapelo e bisturi
Os meus olhos são de vidro
É mesmo uma tentação
Pra Juli e Carmelita
Deixo-os sem prescrição
Minha sacola vazia
Minha bolsa sem dinheiro
Deixo com todas as dívidas
Para Lúcio, o garapeiro
Morro e não levo saudades
Deixo todas com Ivanira,
E a barrica de cerveja
Deixo para Luzanira.
Monitoras e orientadoras
Nem sei bem o que é que é
Deixo todas para Hélia
Fazer o que bem quiser
Aos membros do comitê
Deixo o rio pra cuidar
Cuidado com o legislativo
E o prefeito João Dilmar
Iolanda diplomata
Que gosta de discursar
Deixo o meu microfone
Pra ela se apresentar.
Para Célia aposentada
Que tem pouco pra falar
Deixo o meu banheiro sujo
Pra todo dia lavar
Eliete viúva animada
Mas ninguém tem do que falar
Deixo o meu compadre Antônio
Para com ele se casar.
Pra Ana Laura a rainha
Bonita, boa e graciosa
Deixo calças apertadas
Pra mostrar que é gostosa.
Renato você precisa
Da lei pra me defender
Sou Judas, mas sou honesto
Eu quero livre viver
Para Chico de Toinho
Meus sapatos sem chulé
Pra ele cuidar do sítio
Matar cobra e caboré
Pra Adriana risonha
Que gosta de trabalhar
Deixo uma cueca velha
Para os pratos enxugar
Para Cristina Moura
Deixo um novo cinturão
Pra quando andar sozinha
Dá uma pisa no ladrão
Para Dona Beatriz
Um presente vou deixar
Não serve para ouvir,
Mas serve pra enxergar
As mundiças solteironas
Dizem não querer casar
Todas elas estão mentindo
Não conseguiram arranjar
Acabem com essa moleza
Este é o meu recado
Vão pra porta da igreja
Arranjar um namorado.
Um baralho já usado
Sem as pintas e sem beira
Deixo para Luzanira
Jogar com o Pitombeira.
Para o doutor Lúcio Ney
E pro amigo Pinheiro
Deixo com muita avareza
Aquele maldito dinheiro.
Fernando para você
Tenho muito que deixar
Fica um sítio de cardeiro
Pra dele você cuidar
Pra terminar meu testamento
E antes do fogo arder
Deixo pra toda vizinhança
Churrasco e pinga a valer
Agora eu vou embora
Pois chegou a minha vez
Até logo para todos
E para o ano outra vez
A vocês de Mossoró
Cuidem bem dos meus pertences
Levem saudades do Judas
E um abraço limoeirense
Desta herança tão falada
Só nos ficou uma banda
A outra está guardada
Na bolsa de Iolanda.
( Padre Pitombeira)
Nessa noite memorável quando os bens de Judas Iscariotes estão sendo distribuídos com vocês do Clube da Bengala lembrei – me dos versos do celebrado poeta padre Antônio Tomas, acerca da festa da malhação do Judas:
“À sombra da folhagem verde e escura
De um galho preso em mastro levantado
Um Judas pelo vento balançado
Da forca pende, em cômica compostura.
E um bando em frente a exótica figura
Olha e, ao vê-lo em semelhante estado
E o vozeio do povo acelerado
Um bimbalhar dos sinos se mistura.
Eu fico um tanto a meditar e penso
Ante o festivo e insólito alvoroço
Que é falta de critério e de bom senso.
Uma tolice arrematada, enfim,
Tantos Judas havendo em carne e osso
Levar-se à forca um Judas de Capim.”
JUDAS ISCARIOTES EM BRASÍLIA
SOU JUDAS ISCARIOTES
VINDO DE OUTRA NAÇÃO
VIM PARAR NESTE PAÍS
BERÇO DE CORRUPÇÃO
DE PICARETA SAFADO
DE CABRA DESMATELADO
E DE POLÍTICO LADRÃO
SOU FILHO DE SENADOR
PRA DEPUTADO BABAR
ESTAS DUAS CLASSES JUNTAS
NELES NÃO DOU UM JUÁ
ESTES HONESTOS SENHORES
NÃO VALEM OS SACOS ESCROTORES
DA TURMA DE BEIRA MAR
SOU EXCOMUNHÃO DE BISPO
SOU AIDS DE MERETRIZ
SOU DOR BUCAL ATINGIDO
DO DENTE ATÉ A RAIZ
SOU FERA, SOU LOBISOMEM
MAS SOU MELHOR QUE OS HOMENS
QUE GOVERNAM ESTE PAÍS
TENHO UM SONHO PRA BRASÍLIA
É MESMO ESPETACULAR
EM UMA PENITENCIÁRIA
O CONGRESSO TRANSFORMAR
POUPAR DESTE PARLAMENTO
TALVEZ HONESTO UM PORCENTO
O RESTO MANDAR TRANCAR
VOU DIVIDIR O QUE TENHO
E O QUÊ PRETENDO TER
VENDI CRISTO E O DINHEIRO
FICARÁ PARA O PT
QUE TEM POR OBRIGAÇÃO
REPASSAR PRO MUNDO CÃO
MAL DO PMDB
ADEUS PRA QUEM ACREDITA
QUE O BRASIL VAI DAR CERTO
ADEUS VOCÊ ELEITOR
POBRE, CEGO E ANALFABETO
COM SEU VOTO COMPRADO
O BRASIL VELHO É ROUBADO
DESDE QUE FOI DESCOBERTO
TERMINEI MEU TESTAMENTO
AQUI CONVOCO O POVÃO
VAMOS FECHAR O CONGRESSO
CHEGA DE TANTO LADRÃO
O POVO PRECISA IR PRA RUAS
PARA PARAR COM AS FAUCATRUAS
DE QUEM ARRASA A NAÇÃO
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